Na primeira edição do Simpósio Olhares sobre a Animação Portuguesa (2021), Pedro Serrazina, curador e moderador, convidava à análise três curtas-metragens, Agouro/Augur (2018), Fuligem/Soot (2014) e O Sapateiro/The Shoemaker (2011), dos conceituados e premiados realizadores Vasco Sá e David Doutel, do estúdio BAP (Bando à Parte – Animation Studio), num painel composto por:

Paulo Viveiros: Professor associado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, na qual é diretor do mestrado em Artes da Animação e da licenciatura em Animação Digital.
É membro fundador do Re:Anima, um mestrado internacional de cinema de animação lecionado em conjunto entre a Universidade Lusófona (Lisboa), Luca School of Arts (Genk) e Aalto University (Helsínquia).
É o autor do dossier pedagógico do Plano Nacional do Cinema “Trilogia da Infância” sobre os filmes de Regina Pessoa.

Luísa Veloso: Socióloga. Diretora do Departamento de Sociologia no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia da mesma instituição.
Tem desenvolvido pesquisa nos domínios do trabalho, das profissões e da economia. Tem colaborado com instituições diversas da esfera artística, tais como a Cinemateca Portuguesa, a Fundação de Serralves ou o Alkantara.
Tem várias publicações, de entre as quais o livro “O trabalho no ecrã: memórias e identidades sociais através do cinema”, em parceria com Frédéric Vidal, publicado em 2016, pelas Edições 70.

Magda Cordas: É professora adjunta no Departamento de Artes, Design e Animação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre, no qual é subcoordenadora da Licenciatura em Design de Animação e Multimédia. Possui Doutoramento em Design pela Universidade de Aveiro com a tese “Da ilustração tridimensional ao plano da página no álbum para a infância em Portugal”.
No âmbito da sua trajetória profissional tem assumido funções de oradora/formadora convidada em cursos, ações de formação e workshops em várias instituições e eventos culturais nacionais e internacionais e participado em diversas exposições e projetos artísticos e científicos.

Mihaela Mihailova: É professora assistente na Escola de Cinema da Universidade do Estado de São Francisco e a editora de “Coraline: A Closer Look at Studio LAIKA’s Stop-Motion Witchcraft” (Bloomsbury, 2021). Publicou em The International Journal of Research into New Media Technologies, Feminist Media Studies, animation: an interdisciplinary journal, Studies in Russian and Soviet Cinema, Flow, and Kino Kultura.
Contribuiu também com capítulos para “Animating Film Theory” (com John MacKay), “Animated Landscapes: History, Form, and Function”, “The Animation Studies Reader”, e “Drawn from Life: Issues and Themes in Animated Documentary Cinema”. Mihailova é co-editora de Estudos de Animação (https://journal.animationstudies.org/) e desempenha atualmente as funções de Secretária da Sociedade de Estudos de Animação.
O resultado da primeira edição foi enriquecedor pela multidisciplinaridade analítica a que o curador Pedro Serrazina se tinha proposto. Os contributos da cultura visual, da sociologia, e de elementos etnográficos e antropológicos, atribuíram uma profundidade multiforme à análise do cinema de animação português.
O Simpósio decorreu em formato presencial, com tradução simultânea e transmissão online.
Primeira Edição do Simpósio: https://www.facebook.com/cinanima/videos/951317809126858


David Doutel e Vasco Sá, licenciados em Som e Imagem pela escola das Artes da UCP, dão início à sua cooperação no ano de 2009.
Realizam, em conjunto, três curtas-metragens: O Sapateiro (2011, PT/ES), Fuligem (2014, PT) e Agouro (2018, PT/FR) – distinguidas a nível nacional e internacional.
No seu percurso foram sempre trabalhando em diversos projetos cinematográficos de diferentes autores, inserindo-se tanto em equipas artísticas, como de produção. São co-fundadores e produtores da BAP Studios, uma cooperativa de realizadores e animadores sediada no Porto, criada em parceria com o Bando à Parte. Multipremiados e aclamados pela crítica, lançam mundialmente, em 2022, a nova curta-metragem Garrano, uma co-produção entre Portugal e Lituânia.
Estão, de momento, a trabalhar no desenvolvimento de UNA, a sua primeira longa-metragem de animação.

O Sapateiro (2011)

Fuligem (2014)

Agouro (2018)

Garrano (2022)
Duas Publicações Académicas e um Caderno Pedagógico (2023)
Um segundo momento dos Olhares sobre a Animação Portuguesa prende-se com a preparação e lançamento de dois livros, com base nos artigos científicos produzidos pelos convidados da primeira e segunda edição.
Estas duas publicações científicas, em parceria com a ULHT e Universidade do Algarve, serão de edição física limitada, estando acessíveis em formato digital, a partir de outubro, no site do CINANIMA.
Paralelamente, e com o objetivo de disseminar esta informação, está a ser elaborado um Caderno Pedagógico com base nas duas primeiras edições do Simpósio. Este Caderno Pedagógico destina-se à comunidade escolar, mais concretamente a todos os professores e coordenadores do Plano Nacional de Cinema, bem como a estudantes do ensino secundário do território nacional e PALOP.
Um dos objetivos centrais desta ação é o de dar a conhecer a obra destes quatro jovens portugueses, realizadores de cinema de animação, nacional e internacionalmente reconhecidos, a uma comunidade alargada, e suscitar curiosidade sobre o trabalho dos realizadores Vasco Sá, David Doutel, Alexandra Ramires e Laura Gonçalves.
O Caderno Pedagógico, em formato digital, também estará disponível gratuitamente no site do CINANIMA.
Este trabalho está a ser desenvolvido pelo professor Mário Gandra, com extensa obra nas áreas educativa e artística, e a realizadora de cinema Carlota Gandra.

Mário Gandra, professor no ensino superior, é Ex-Presidente no Instituto Superior de Ciências Educativas do Douro (Felgueiras, 2008-2015; 2015-2019), com doutoramento em Ciências da Educação – Educação Artística, e Criatividade na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, mestre em Criatividade na Universidade de Compostela e licenciatura em Educação Visual. A sua investigação e consultoria têm sido realizadas nas áreas de Educação, Educação Artística e Criatividade. É autor de comics e livros de imagens, com exposições de artes plásticas em Portugal (Porto, Penafiel, Lisboa, Viseu, Espinho) e Galiza. As Aventuras de Rapinggel (2021) é a sua última publicação, álbum (anti BD).

Carlota Grandra aka LoTA Gandra é realizadora de cinema na cidade do Porto. Licenciada em Cinema, com especialização em Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa, realizou as curtas-metragens de ficção Direito a Respirar (2020), Duas Irmãs (2021), O Meu Primeiro Apocalipse (2021) e O Sonho da Máquina (2022). A sua obra conta, também, com o filme-performance Uma Coisa Longínqua em 2020 e o documentário Na Palheta Com Dom Roberto (2022).
Público:
Professores do ensino secundário e coordenadores do Plano Nacional de Cinema, cineclubes, bibliotecas e serviços educativos de instituições culturais (museus, centros culturais, cine-teatros), festivais de cinema de animação, departamentos de educação e cultura dos municípios.
Itinerância Olhares sobre a Animação Portuguesa (2023)
Uma duplicação de esforços está a ser realizada para que se observe uma efetiva disseminação do projeto através da descentralização territorial. A itinerância dos resultados da primeira edição e da segunda edição, que redunda numa apresentação dos dois livros (1ª e 2ª edição), promove a deslocação do projeto de norte a sul de Portugal, com apresentações marcadas no Algarve, em Lisboa e Porto no último trimestre de 2023. Num fecho de ciclo, retorna à nova edição do festival, em novembro, integrando o segmento de apresentações de livros.
Público:
Realizadores, produtores, investigadores e docentes, professores e estudantes, programadores e diretores de festivais e cine-clubes.
Publicações e Itinerância da Terceira Edição (2023-2024)
O modelo acima apresentado, de simpósio, publicações e itinerância, terá continuidade, estando a ser preparado como parte do plano de 2023-2024.
Assim sendo, será a académica e realizadora Cátia Peres a curar o novo programa para a 3ª Edição a ser apresentada na 47ª Edição do Festival.
Ao longo do ano 2024 dar-se-á a criação de nova publicação científica, de novo caderno pedagógico e nova itinerância, destinados aos mesmos tipos de públicos acima enumerados.
Parceiro:
